terça-feira, 24 de julho de 2012

Porsche flex



Calma, a Porsche não vai produzir uma versão flex do 911 Turbo. O projeto, batizado com a sigla F900, foi desenvolvido pela preparadora americana Switzer e usa um 911 Turbo como base. Ele foi desenvolvido a pedido de um cliente canadense que fez recomendações específicas. De acordo com a Switzer, ele queria "uma máquina que pudesse ser usada no dia a dia, abastecida com etanol E85 e percorrer o quarto de milha (400 metros) em menos de 10 segundos; ou 9s, de preferência".

Apelidado de "respirador de fogo flex", o F900 sofreu modificações no motor que rende agora 912 cavalos de potência. Ele foi equipado com intercoolers de grande capacidade, sistema de escapamento esportivo e dois turbos gêmeos. O conjunto conta também com vários sensores instalados no sistema de alimentação e que informam o sistema de gerenciamento do motor sobre o melhor momento de injeção de combustível. E tudo isso é feito em tempo real, garantindo um melhor aproveitamento da queima e, consequentemente, um melhor desempenho.

Fotos: 





 

Troller mostra T4 policial





A Troller está preparando uma novidade para o T4. O modelo ganhará uma versão policial, que será apresentada durante a Interseg 2012, Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública, realizada de 22 a 24 de junho no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

O Troller T4 já faz parte de operações envolvendo a Polícia Rodoviária Federal, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Ceará, além da Guarda Ambiental de São Bernardo do Campo. A versão policial será utilizada em patrulhamentos que exijam uma performance off road, sem perder as características de veículo de rua.

O novo modelo vem equipado com protetor metálico nas lanternas traseiras, quebra-mato dianteiro com suporte para guincho, engate para reboque traseiro, bagageiro metálico, sinalizador visual e strobo com LEDs, sinalizador acústico e rádio VHF.

O Troller T4 policial é baseado no recém-lançado modelo 2013 e vem com os seguintes itens de série: direção hidráulica, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, santantônio, rodas de alumínio, pneus todo-terreno 255/75 R15 e capota rígida removível.

O motor é o novo MWM International MaxxForce 3.2 TGV com turbina de geometria variável e injeção de combustível a alta pressão, gerando uma potência de 165 cv e torque máximo de 38.75 mkgf. Seguindo a onda ecológica, o veículo adota a tecnologia EGR de recirculação dos gases de exaustão, com pós-tratamento por catalisador e filtro particulares.

As características off road incluem tração 4x4, diferencial traseiro autoblocante, roda livre e freio a disco nas quatro rodas. O T4 também pode rodar em até 800 mm de profundidade na água, graças ao snorkel de série. A carroceria é resistente e imune à corrosão. O interior conta com bancos de vinil e drenos no assoalho, possibilitando uma melhor lavagem interna. 

Limpeza de Injetores: Fazer ou não fazer? A polêmica continua!



Apresentamos o resultado da enquete sugerida na matéria da edição de Março, onde solicitamos aos leitores que dessem sua opinião pelo site, sobre este polêmico assunto.  Surpreendentes 718 respostas em um período de duas semanas constataram que 546 praticam essa modalidade em sua oficina, contra 172 que afirmaram não praticarem.
Uma completa reportagem do JOB de março tratou do tema de limpeza de bicos onde, na oficina, acompanhamos o procedimento de limpeza de um Fiat Punto e após, o caso foi solucionado. Na ocasião, a matéria lançou no site do Jornal, enquete com o polêmico questionamento: “Você pratica?” com o objetivo de “captar na fonte” a opinião de quem lida com essa realidade diariamente, o reparador independente.
A  grande maioria das respostas apontou a má qualidade do combustível como responsável por diversas falhas nos motores. Selecionamos no site a opinião destes profissionais e apresentamos os pontos de vista pró e contra essa prática:

FAZEM LIMPEZA

“Devido à má qualidade dos combustíveis e a não manutenção preventiva (troca de filtros, óleo e velas)”. Luis Carlos Maroldi - Centro Técnico Automotivo Jaçanã – São Paulo - SP
De uma família de empreendedores, Luis Carlos Maroldi comprou seu primeiro carro usado e, como muitos reparadores, interessou-se pela mecânica mexendo no seu próprio automóvel. “Isso há quase 30 anos atrás. Fiz cursos de freios e elétrica inicialmente, áreas que me interessavam. Fui aprendendo na prática e pedia ajuda a outros mecânicos quando não sabia.
Montei uma loja de peças de motos, mas não me identifiquei e fui trabalhar de empregado em oficinas.

Hoje, tenho a minha oficina. Investi em equipamentos, ferramentas e cursos e me especializei em inspeção veicular”, conta Luis.

Trabalham na oficina ele e dois filhos, Bruno e Junior. Um deles é Tecnólogo em Mecatrônica pela Faculdade Getúlio Vargas. O outro está fazendo Tecnologia da Informação. O filho Bruno, braço direito na oficina, já se decidiu em continuar na empresa, pois percebeu que o que vai dominar a oficina é a informatização.

Luis é a favor da limpeza de bicos injetores. “O principal problema que encontramos nos veículos hoje é causado por combustível adulterado. Quando fazemos os testes, pegamos até 80% de alteração no combustível e isso causa grandes danos no motor e consequentemente, nos bicos. Alguns clientes me procuram querendo fazer a limpeza quando a luz de anomalia da injeção acende.

Procuro explicar que a luz de injeção acesa não indica “bico” e sim, que há algum problema fora do parâmetro de funcionamento do motor que a central do carro detectou. É preciso diagnosticar a causa, por meio de um rastreamento no veículo, leitura com scanner, e ver o que está fora do padrão de fábrica. Pode-se fazer o teste na gasolina e ver se está de acordo”, explica o reparador. Luis também afirma que preventivamente, só indica a limpeza se o carro estiver com muita quilometragem. “Temos diversos casos na oficina em que a limpeza foi a melhor solução, principalmente na linha Corolla. Em um dos casos, o dono do veículo alegou falta de rendimento e o veículo parecia ter sintomas de ignição, mas na verdade era falta de equalização e limpeza de bicos. Tenho um cliente que mora no bairro Sumaré e trabalha no Jaçanã, percorrendo assim uma grande distância diariamente. Quando não restava quase nenhuma alternativa, tirei os bicos e coloquei na máquina.

Resultado: estava tudo errado. Limpei algumas vezes, equalizei e coloquei no carro. No dia seguinte à limpeza, o cliente ligou e brincou: você abriu o motor do meu carro e colocou mais 30 cavalos lá dentro? pois ele nunca andou tão bem quanto agora! Isso por causa de uma simples limpeza de bicos”, ressalta.

“Em outro caso, um Palio com 28.000 km, o cliente afirmou que o carro não pegava e não rendia bem. O veículo era usado muito pouco e ficava bastante tempo parado causando oxidação e carbonização. Após a limpeza de bicos, o carro ficou mais econômico com partida rápida. Hoje trabalhamos muito em cima de diagnóstico, corremos a parte de alimentação, ignição e motor, válvula e o bico é um dos últimos itens a ser checado”, finaliza.

“Sou a favor da limpeza de bicos haja visto que já deparei com uma EcoSport 1.6 Flex com pouca potência. Verifiquei velas, cabo de velas, bobina e o defeito persistia, então resolvi tirar os bicos para averiguação. Colocando na máquina constatei que um deles injetava menos do que os outros. Coloquei-os no ultrassom para limpeza e em seguida, testei novamente e verifiquei que, aquele que injetava menos estava igualado com os demais, provando a eficiência do ultrassom e resolvendo o defeito do carro. Depois disso quando vem algum cliente na minha oficina com o carro falhando cilindro e o mesmo me fala que é coisa simples como uma vela ruim eu digo: Não é tão simples assim pois tem mais de 5 itens que ocasionam a mesma falha e tenho que verificar um a um.”Oficina Luzetti – Paulo Sérgio Luzetti – Guarulhos - SP
Bancário por 18 anos, Paulo Sérgio Luzetti decidiu vender uma casa no litoral e um comércio de outra natureza, e com o capital montar a sua oficina, após ser demitido. “Comprei algumas ferramentas na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo e guardei-as na Saveiro.Parei no banco para pagar um imposto e quando voltei, havia sido furtado. Levaram as ferramentas e o carro. Voltei na Florêncio de Abreu e o vendedor falou: Você de novo aqui?”, brinca o reparador, que não desistiu do seu objetivo. “Fiz alguns cursos para me especializar e conseguir tocar o negócio. Estou desde 2003 com a minha oficina. Em alguns casos, aconselho a limpeza de bicos”, explica Paulo.

Ele conta que certa vez, além do Ford Ecosport citado, ele também atendeu um Corsa. “O bico estava entupido, não injetava e falhava cilindro. Era o bico também e esse eu tive que limpar duas vezes para que ele igualasse com os outros. O certo é fazer a limpeza de bicos entre 15.000 km e 20.000 km, foi o que aprendi no curso de injeção eletrônica no SENAI”, finaliza Paulo Sérgio.

NÃO FAZEM LIMPEZA

“Para meu entendimento, quando temos um veículo com consumo de combustível dentro da média (cliente não reclama de consumo ou falha) e análise de gases conforme especificação das normas de poluição, não se faz necessária a limpeza ou descarbonização dos injetores. Podemos fazer serviços de maior importância para a segurança de nossos clientes ou não cobrar por serviço desnecessário, fidelizando-o ainda mais na oficina”. Igor Giacomet – Auto Mecânica Confiança –Caxias do Sul - RS
Com o apoio do pai, Igor Giacomet decidiu fazer um curso automotivo no SENAI. Aos 16 iniciou como auxiliar em uma concessionária Renault e ficou por 7 anos, até atingir o cargo de chefe de oficina.Com 25 anos, foi gerente de pós-venda de uma concessionária Volkswagen, e hoje, com 28 anos, é proprietário da Mecânica Confiança, que atende aproximadamente 250 veículos por mês e possui 7 colaboradores. Igor conta que o foco da oficina são as marcas Renault, Peugeot e Citroën, isso porque eles se especializaram para atender estas marcas que já conhecem bem, pois para a Confiança, atender todas as montadoras exige gastos com equipamentos e diferentes especializações.

Na opinião de Igor, clientes não afirmam que o carro precisa de limpeza de bicos, apenas afirmam que consome muito e não anda como antes.“Na maioria dos casos atendidos, o problema do cliente é resolvido com substituição de peças eletrônicas como sensores e ignição ou mecânicas como velas, filtros, sincronismo, e bomba de combustível. A limpeza de injetores, fazemos após o teste de equalização apresentar que algum injetor possui diferença em relação aos outros ou tabela de calibração”, enfatiza Igor.

Ele também acredita que vender o serviço de limpeza de bicos é desnecessário. “Podemos vender serviços úteis para a segurança, como palhetas ou uma verificação eletrônica de sinalização que serão visíveis aos olhos do cliente e geram o mesmo lucro com a venda da peça”, informa Igor.

“Caso alguma partícula sólida passe pelo filtro, ou mesmo o surgimento de alguma borra por desprendimentos ou deterioração das mangueiras do sistema de alimentação provocados devido ao contato de solventes dispersos em combustíveis de má qualidade, ou ainda a cabornização das válvulas do cabeçote por falta de troca do óleo ou velas de ignição no tempo correto, podem provocar problemas de entupimento dos bicos. Caso contrário, abastecendo com combustível de boa qualidade, trocando o filtro de combustível no tempo correto, periodicamente fazendo uso de aditivo para gasolina/álcool, não se faz necessário o processo de limpeza dos bicos injetores, haja vista que o fluxo constante do combustível pelos orifícios dos bicos por si só os mantem limpos”. Ubirajara Placido de Oliveira- Pariquera-açu - SP

O primeiro carro de Ubirajara foi um Fusca, motor 1.500 cc., e quase toda a manutenção mecânica, com o auxílio de artigos e ferramentas específicas para o tipo de motor, procurava realizar
pessoalmente, desde a regulagem das válvulas, colocação do motor no ponto de ignição, regulagem do platinado, limpeza e regulagem da folga dos eletrodos das velas, etc. O tempo foi se passando, o conhecimento de mecânica aumentou, e sempre a manutenção de motores veiculares despertou interesse. Aos 18 anos, ingressou no serviço militar na FAB – Força Aérea Brasileira, prestando serviços no 1º/11º GAV (Grupo de Aviadores), no Guarujá/SP, ocasião em que foi trabalhar na sessão de motores, especializando-se na manutenção de motores a reação, utilizados em helicópteros, alimentados a querosene de aviação, diferentemente dos motores automotivos, que são motores a combustão de 2 ou 4 tempos, alimentados tanto por álcool, gasolina, diesel, gás, ou outro derivado do petróleo. Foram quase cinco anos de trabalhos nessa área, de 1987 a 1992. 

Nessa época, iniciou um curso superior de Engenharia Industrial Mecânica, pela UNISANTA, concluindo 7 semestres. Trancou a matrícula, pois havia sido aprovado em concurso público, em área totalmente oposta à mecânica, no cargo de Oficial de Promotoria, o qual até hoje exerce, já que é formado em Direito.  “Provavelmente não retorne para a área da mecânica, mas ainda continua sendo uma paixão, e como forma de sempre estar atualizado no ramo automotivo, tanto quanto aos novos sistemas de injeção, como aos novos equipamentos que auxiliam o profissional reparador, a leitura do Jornal Oficina Brasil para mim é uma ferramenta valiosa nessa empreitada do conhecimento”, conta emocionado Ubirajara.

Para ele, a polêmica em torno da questão limpeza de bicos, está nos cuidados quanto à correta manutenção preventiva que o cliente deve ter com o veículo.  “Na maioria das vezes a limpeza do sistema de injeção se procede tendo em vista que o cliente, na correria do dia a dia, não mantém controle efetivo da manutenção veicular, não faz a leitura do manual do veículo, não respeita o intervalo correto para a troca de óleo, velas, filtros, etc. Não observa certos cuidados quanto ao combustível, nem mantém fidelização dos serviços do veículo em uma só oficina, sendo assim, nenhum reparador, mesmo com os aparelhos de diagnósticos mais sofisticados, possui a capacidade de enxergar o interior do sistema, optando na dúvida, pela execução dos serviços de limpeza dos bicos injetores”, enfatiza Ubirajara, que também acredita que a utilização de combustível de procedência e de qualidade comprovada, a substituição do filtro combustível no devido tempo, e regularmente o uso de aditivo no combustível, por si só, mantém os bicos limpos.

**Fonte: http://www.oficinabrasil.com.br

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Avaliação Honda New Civic

O conjunto de motor e transmissão do New Civic (a oitava geração do modelo) foi concebido pensando em potência, economia de combustível e redução de emissões. O modelo foi lançado em 2007 com motor de 1.8 litros movido a gasolina. Um ano depois veio também a versão esportiva Si, equipada com motor 2.0, com 192 cv a 7.800 rpm e 19,2 kgfm de torque máximo a 6.100 rpm e taxa de compressão de 11:1. A partir de 2008, ganhou motorização i-VTEC 1.8l SOHC Flex (foto 1), que entrega 140 cv a 6.200 rpm quando abastecido com etanol, e 138 cv a 6.200 rpm com gasolina. Seu torque é de 17,7 kgf.m a 4.300 rpm (etanol) e 17,5 kgf.m a 5.000 rpm (gasolina). Possui injeção multiponto PGM-FI (Programmed Fuel Injection) e sistema de ignição eletrônico mapeado.

O consultor técnico Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin Engenharia Automotiva, explica que o coxim superior do motor, do lado direito, quebra facilmente. “O reparador fica em dúvida com o barulho e acaba trocando os batentes e amortecedores, mas na maioria das vezes o barulho está no coxim. Não utilize coxim que não seja o original. Coloquei uma vez um chinês e durou apenas 03 meses”, alerta Paulo. Paulo recomenda ainda a se utilizar apenas óleo lubrificante 10W30, com embalagem Honda. “Tivemos casos de o proprietário utilizar outro óleo e o consumo de lubrificante aumentou muito. O filtro de combustível do Civic Flex fica embaixo, ao lado do tanque de combustível. No modelo à gasolina, o filtro é interno, dentro do tanque e acoplado a bomba”, lembra Paulo.

O reparador Walter da Costa Moreira, da Pardal Motores, (onde tiramos as fotos para a matéria) ainda ensina: “a cada 150 partidas (número aproximado) dadas no motor do Civic, o sistema de partida a frio inicia automaticamente, por estratégia do módulo, a autolimpeza deste sistema. Logo, o motor demora um pouco a dar a partida. Mas avise seu cliente que esta demora é normal, mesmo quando o veículo é abastecido apenas com gasolina. Esta partida demorada acontecerá somente uma vez”, conclui.

ECU

Em 2010, a Honda otimizou a ECU (foto 2) do Civic, pois o funcionamento do motor ficou mais aliviado com a substituição do sistema da direção hidráulica pelo EPS (leia mais a seguir). Incorporou também um novo sensor de marcha lenta, que reduziu sua rotação sem precisar utilizar energia do motor para mover o sistema de direção.

VELAS TRAVADAS

O reparador Fernando Gardino, da Gardi Motors, localizada em Águas de Lindóia, deparou-se com um New Civic 1.8 16V flex 2008, com a seguinte falha: o veículo falhava quando se exigia torque no motor em retomadas e a luz de injeção acendia, constando na memória avaria sensor de rotação. Testes com um osciloscópio indicaram seu perfeito funcionamento. Como o veículo havia rodado 30.000km após a última revisão periódica, verifiquei as velas de ignição, e para minha surpresa, as velas não saíram do seu alojamento, estavam travadas (foto 3). Motivo: o veículo era somente abastecido com etanol. Com isso, formou-se uma ferrugem no final da rosca, próximo ao eletrôdo. Em relação à falha em retomada, o desgaste das velas geravam uma tensão elevada pela ignição e, consequentemente, gerava ruído elétrico no sistema de injeção, causando a falha no sensor de rotação.

Solução: avisado o cliente sobre o problema, informei que tentaria remover as velas sem prejudicar a rosca ou o cabeçote. Após isso, tentei desrosquear a vela pelo menos meia volta. Coloquei uma boa quantidade de antiferrugem e deixei agir por 3 horas. Passado esse período, passei ar comprimido para tirar o excesso, recoloquei as bobinas, liguei o carro e esperei o motor aquecer. Desliguei o veículo e removi as velas, girando a chave no sentido horário e anti-horário, até que ela saia sem prejudicar a rosca. Substituí as velas por novas, NGK IZFR6K11S. Orientei o cliente a inspecionar este item a cada 10.000 km ou 1 ano. As velas originais do Honda New Civic são Iridium IX, e sua troca, segundo o plano de manutenção programada da Honda, deve ser feita a cada 60.000 quilômetros.

MANUAL

A caixa de transmissão manual é equipada com 5 marchas na versão LXS e 6 velocidades na Si. Alguns proprietários de New Civic com câmbio mecânico, fabricados entre 2006 e 2009, queixaram-se de rangidos na embreagem e enrijecimento do pedal. Mesmo após a troca do cilindro mestre da embreagem, os problemas persistiram. Segundo a montadora, o ruído é baixo e não compromete o funcionamento do sistema. Em 2010, o fabricante do cilindro reformulou o componente e a rede concessionária efetua a troca gratuitamente, o que nem sempre soluciona a questão.

AUTOMÁTICO

A transmissão automática de 5 velocidades (foto 4), possui lock-up ativo e Grade Logic Control (LXS e EXS) Sobre a transmissão automática do New Civic (SLBA) de 5 velocidades com gerenciamento eletrônico, o especialista em câmbios automáticos, Carlos Napoletano, da APTTA Brasil, destaca:

Pontos positivos:
• Concepção de engrenagens combinadas, aplicadas por meio de embreagens multidiscos. Mais resistente e silencioso.
• A partir de 2006, a transmissão passou a contar com 5 velocidades, aproveitando melhor o torque do motor.
• Mudanças de marcha mais rápidas do que o sistema de engrenagens planetárias.
• Transmissão e diferencial incorporados, não necessitando de dois fluidos separados para lubrificação, utilizando o mesmo fluido ATF para a lubrificação da transmissão e diferencial.
• Gerenciamento eletrônico total, possibilitando mudanças de marcha suaves e uma estratégia de utilização adequada à praticamente todas as formas de utilização.
• Software com autoaprendizado, que se ajusta à maneira de dirigir do motorista.
Pontos negativos:
• Necessidade de substituição do fluido ATF após 40.000 km, para manter sempre o filtro limpo e evitar a formação de vernizes danosos à transmissão.
• Filtro embutido, sem acesso por cárter externo. Por isto mesmo, se faz necessária a substituição mais frequente do fluido ATF, para manter o filtro isento de materiais estranhos e sujeiras, bem como verniz, decorrente da degradação do fluido.

FREIOS

Todos os New Civic são equipados com freios ABS e EBD de fábrica desde 2007 (foto 5). A superfície de atrito das pastilhas de freio deve ter no mínimo 1,6 mm. A espessura do disco deve ser de, no mínimo, 19 mm na dianteira (disco ventilado) e 8 mm na traseira (sólido). Para assegurar estas dimensões, a medição deve ser feita na borda do disco, em diferentes pontos por seu perímetro. No detalhe, central do ABS (foto 5A).
SUSPENSÃO

O calcanhar de Aquiles do New Civic é a suspensão traseira (foto 6). Diversos reparadores relataram que se depararam com este problema. “Os amortecedores traseiros tendem a vazar, substitua-os pelo modelo original Honda, que tem o custo benefício bem melhor que os modelo da Cofap ou Monroe”, ensina Paulo.

DIREÇÃO HIDRÁULICA

O especialista em sistemas de direção, Dillen Yukio, da HandorTec Direção Hidráulicas, comenta sobre a construção deste componente.

“Nos Honda Civic fabricados entre 2002 e 2006, a caixa de direção é fabricada com sistema chamado “cantilever”, onde os braços axiais saem do centro da caixa, similar ao sistema do Chevrolet Monza. Nos modelos New Civic LXS e EXS até 2009 (foto 7), a Honda utilizava o sistema de direção hidráulica em que os braços axiais saíam da ponta da caixa, causando menos desgaste em relação ao outro sistema. A direção eletricamente assistida EPS (Electric Power Steering) não consome energia do motor e, auxiliado por pequeno motor elétrico comandado por um módulo eletrônico, atua sobre o pinhão na caixa de direção. A tecnologia EPS já equipava a versão Si e tornou-se item de série nas demais versões a partir de 2010”, explica Dillen. “Houve pouquíssimos casos de problemas no sistema EPS, os proprietários queixavam-se de barulho e trepidação no volante. Executei todos os procedimentos de análise do sistema elétrico e mecânico, engrenagens, dentes da cremalheira, mas não encontrei desgaste ou algo anormal nos componentes. Lubrifiquei o sistema, enviei a caixa de volta ao reparador, que a reinstalou no veículo e sanou o barulho. Acredito que o problema não estava na caixa, provavelmente o processo de retirar e recolocar a caixa tenha executado algum reaperto, ou a execução de “restart” do sistema tenha solucionado o problema”, lembra Dillen. “Em geral, o New Civic é um veículo que não dá problemas em relação à caixa de direção”, completa.

MOTOR DE PARTIDA
Para seu perfeito funcionamento, seguem alguns números que devem ser observados. Os valores de continuidade entre a carcaça e as bobinas de chamada e retenção do solenoide devem estar entre 1 e 2 ohms. Os de continuidade entre as bobinas devem estar abaixo de 1 ohms. O comprimento mínimo das escovas deve ser de 9 mm e o diâmetro mínimo aceitável do coletor é de no mínimo 27 mm.

BATERIA

Este item trabalha com tensão de aproximadamente 12,6V. A tensão normal de trabalho do gerador, com o motor do veículo mais algum consumidor de energia (rádio, faróis, etc.) ligados, é de 14,5V (foto 8).
AR-CONDICIONADO

O Honda New Civic é equipado com um ar condicionado muito eficiente. Possui um compressor Denso 10S15 de cilindrada FIXA, de 10 cilindros e de até 150 cm³, com embreagem eletromagnética (foto 1).

Utiliza Fluido refrigerante R134a, cerca de 500g e óleo PAG46, cerca de 170 ml.

Com relação à manutenção, um dos maiores problemas são os vazamentos, mas outros componentes, com o uso, também podem apresentar problemas, como segue:

As válvulas de serviço são de fácil acesso, ao lado do reservatório de óleo da direção hidráulica (foto 2).

Os eletroventiladores ficam posicionados na parte de trás do radiador de água. (foto 3) e (foto 4)

Em pequenas colisões frontais do lado do passageiro, a tubulação de alta que sai do condensador pode trincar e causar vazamento. O evaporador pode apresentar vazamento, mas para sua
substituição é necessário retirar o painel e a caixa evaporadora.

O sensor de temperatura de anticongelamento fica posicionado na face de saída do evaporador. (foto 5).

A tubulação de saída do compressor (alta) possui uma mufla que tem a função de evitar o eventual retorno de fluido na fase líquida para o compressor. (foto 6)

O monitoramento da pressão do fluido refrigerante é feito pelo transdutor de pressão, localizado na linha de alta, antes da válvula de expansão. Ele é ligado direto ao módulo de injeção. (foto 7)

O filtro secador é fixado dentro do condensador (cartucho interno).

O sistema de ventilação pode parar de funcionar devido ao derretimento do fusível térmico do módulo de ventilação, que fica embaixo do porta-luvas. (foto 8)

O acesso ao filtro antipólen fica no compartimento do motor, atrás de uma proteção antirruído. Sua troca é recomendada a cada 6 meses, dependendo da utilização do veículo. (foto 9) e (foto 10)

Os modelos 2006 não eram equipados com filtro antipólen, mas pode ser recortada a tampa da caixa de ventilação e instalado um filtro de cabine.

FICHA TÉCNICA
Motor/Performance
Motorização
i-VTEC, dianteiro, transversal
Cilindradas (cm3)
1.799
Cilindros
4 em linha
Válvulas
16, 4 por cilindro
Alimentação
Injeção eletrônica multiponto
Combustível
Gasolina / Etanol (flex)
Potência (cv) (gasolina/etanol)
138 / 140 a 6300 rpm
Potência específica (cv/l)
77,8
Torque (Kgf.m) (gasolina/etanol)
17,5 / 17,7 a 4300 rpm
Diâmetro x curso (mm)
81 x 87,3
Transmissão
Automática de 5 marchas (SLBA)
Tração
Dianteira
Direção
até ano 2009
Hidráulica, tipo pinhão e cremalheira
de 2010 em diante
Direção com assistência elétrica progressiva - EPS
Suspensão
Dianteira
Mc pherson
Traseira
Double wishbone
Freios
Dianteiro
Disco ventilado, com ABS e EBD
Traseiro
Disco ventilado, com ABS e EBD
Pneus
205/55 R16
Rodas de liga leve (pol)
16 x 6,5' J
Peso do veículo (massa em ordem de marcha - kg)
Transmissão manual
1.230
Transmissão automática
1.264
Dimensões
Altura (mm)
1450
Largura (mm)
1752
Comprimento (mm)
4489
Entre-eixos (mm)
2700
Peso
1255 (LXS AT)
Tanque (L)
50.0
Porta-malas (L)
340


Recal

Os modelos New Civic Flex e Honda Fit Flex ano/modelo 2008 (8.826 unidades, somando os dois modelos) foram chamados para recall: a substituiçãodo filtro de combustível. A Honda informou através de comunicado que “algumas unidades podem apresentar vazamento e, em casos extremos, ocasionar a parada do motor, existindo eventual risco de acidente”.

Civic Flex: chassis entre 93HFA66308Z218896 e 93HFA66808Z225445

Fit Flex: chassis entre 93HGE57608Z205611 e 93HGE57608Z207890

Em 2011 foi a vez de 101.693 unidades no Brasil serem convocadas para substituir os parafusos da polia da bomba d´água do motor. “Algumas unidades poderão apresentar o desprendimento deste componente, o que poderá acarretar no aumento do esforço de esterçamento do volante, além de outros sintomas, como o superaquecimento do motor.
Em casos extremos, também poderá ocorrer o desligamento do motor em movimento, dificultando o controle do veículo com risco de colisão”, disse a montadora em nota. Chassis envolvidos neste recall:

2008: 93HFA8Z240866 a 93HFA8Z606861 (31.947 unidades)
2009: 93HFA9Z100005 a 93HFA9Z501862 (27.303 unidades)
2010: 93HFAAZ100001 a 93HFAAZ600480 (35.611 unidades)
2011: 93HFABZ100003 a93HFABZ106840 (6.832 unidades)

Mais informações em www.honda.com.br/recall ou pelo telefone 0800-775-5346 (segunda a sexta, das 8h às 18h).

Fotos: clique nas imagens para ampliar





















 **Fonte: http://www.oficinabrasil.com.br

Substituição na caixa de direção do Mini Cooper S 1.6 Supercharger

Nesta edição do Caderno Premium, apresentaremos a substituição na caixa de direção do Mini Cooper S 1.6 Supercharger 2004, com apenas 15.000 km rodados. Por este veículo ficar parado por muito tempo (é utilizado pelo proprietário apenas em algumas viagens de final de semana), a ferrugem comprometeu o bom-funcionamento da caixa de direção. As erupções causadas pela ferrugem provocaram o vazamento de seu fluido.

Neste tipo de construção de suspensão, será necessário remover completamente o conjunto do agregado, para se ter acesso aos parafusos que fixam a caixa de direção, uma vez que estes parafusos estão voltados para o assoalho do veículo.

O reparador aprenderá a executar o procedimento neste sistema de suspensão, que também é empregada em alguns veículos das marcas BMW, Audi, entre outras.

TRAVAMENTO DO VOLANTE


1)  Com o veículo em cima do elevador, as rodas e o volante do carro ficarão soltos, livres. Para impedir que durante o reparo o volante se mova e cause o rompimento da cinta do air-bag, fixe a posição do volante usando uma trava Carneiro ou fita adesiva.

REMOÇÃO DO AGREGADO


Para a troca da caixa de direção é preciso baixar todo o agregado da suspensão. Acompanhe as etapas.

2)  Desconecte o sensor de regulagem de altura dos faróis, no lado do motorista;

3) Remova as rodas dianteiras, que neste Mini são calçadas com pneus 205/45/17;

4) Solte as bieletas;

5) Solte os terminais da direção;

6) Desparafuse os pivôs inferiores;

7) Libere os dois parafusos do coxim do motor, para possibilitar a descida do agregado;

8) Deixe o coxim em sua posição. Ele sairá juntamente com o agregado;

9) Remova a proteção plástica que está fixada na parte inferior do para-choque dianteiro;

10) Solte os 3 parafusos da bomba de óleo, presa ao agregado. Um parafuso está na parte inferior do agregado. Os outros dois parafusos estão na parte traseira do agregado (próximos ao cano de escape), só é possível acessá-los utilizado uma catraca com extensão e cachimbo;

11) Retire os parafusos das duas mangueiras da caixa de direção (uma de pressão e a outra de retorno), para “sangrar” todo o fluido da direção. Escoe o líquido em um reservatório;

DICA: Cuidado ao retirar estes dois parafusos. Há duas arruelas para cada parafuso, que facilmente podem ser perdidas.

12) Solte os parafusos que fixam o agregado (quadro da suspensão) ao chassi do carro;

13) Solte os parafusos que fixam as bandejas e a buchas da bandeja;

14) Os últimos dois parafusos da bandeja ficam em um local de difícil acesso, preso à carroceria;

15) Utilize um macaco hidráulico para apoiar o agregado;

16) Remova os 3 parafusos da placa metálica;

17) Abaixe um pouco o macaco hidráulico para ter acesso à ligação da caixa com a coluna de direção;

18) Retire o parafuso que prende a caixa à coluna da direção;

19) Abaixar um pouco mais o macaco hidráulico para desencaixar os terminais e os pivôs da suspensão;

20) Utilize uma catraca para retirar o parafuso e uma chave fixa para segurar o coxim que segura a mangueira, conectada na caixa. Em seguida, desconecte a mangueira;

21) Retire o agregado de dentro do encaixe do chassi, puxando-o no sentido da parte traseira do carro. Apóie-o em cima do macaco hidráulico;

22) Abaixe totalmente o agregado usando o macaco hidráulico e coloque-o no chão;

DICA: Cuidado para não perder as 2 peças plásticas, em formato piramidal, (foto 22A) que ficam na ponta do agregado. Elas guiam e auxiliam o encaixe do agregado no chassi, e podem cair facilmente.


SUBSTITUIÇÃO

Acompanhe o procedimento de troca da caixa completa. Apenas os terminais e pivôs da suspensão, que já estavam no veículo, serão analisados e recolocados.

23) Remova os dois parafusos da chapa defletora que cobre a caixa de direção. 23A) Recoloque estes parafusos durante a troca para não perdê-los;

Só é possível retirar os 4 parafusos que fixam a caixa de direção por cima do agregado. Ou seja, pela parte do agregado que está virada para o assoalho do carro. Por isso, não é possível retirar a caixa da mesma maneira que foi executada no reparo do Fusion, sendo necessário separar o agregado do chassi para ter acesso a estes quatro parafusos.

Na foto abaixo, detalhe de onde a caixa apresentava vazamento.

24) Solte os dois parafusos do lado direito...

25) ... e os dois do lado esquerdo. Retire as duas braçadeiras que seguram a caixa;

26) Coloque a nova caixa de direção e aperte novamente os 4 parafusos;

27) Recoloque a chapa defletora.

DICA: Monte os terminais e pivôs na suspensão somente ao término de todo o procedimento de remontagem do agregado, quando este já estiver completamente fixado no carro. Isso facilita a recolocação do quadro no veículo.

REMONTAR O QUADRO

Para recolocar o agregado no carro, siga as etapas em ordem decrescente (do 22 ao 2).

ANTES DE LIGAR

Reponha o fluido da direção do sistema (Pentosin CHF 11S, recomendado pela montadora). Com o carro ainda no elevador, esterce o volante de um lado para outro, até o fim de curso, 20 vezes para cada lado. “Este procedimento deve ser executado antes mesmo de ligar o carro, para que o ar que ficou no sistema não se misture ao fluido, deixando o espumoso”, explica o diretor técnico da Frison, Valter Nishimoto.

“Ao executar este movimento no volante, quase todo o ar que entrou no sistema segue pelas mangueiras até o reservatório, antes mesmo de passar pela bomba da direção hidráulica. Quando o ar passa pela bomba sem fluido, ocorre um ruído e, ocasionalmente, pode estragar a bomba. Após este procedimento, ligue o motor (com o carro ainda no elevador) e repita o procedimento de esterçar o volante (descrito acima) por mais duas vezes. O mínimo de ar residual irá para o reservatório do fluido e purga o sistema, sem prejudicar seus componentes”, completa Valter.
Para finalizar, execute o alinhamento da direção.

Fotos: Clique para ampliar.